E tanta coisa mudou. Eu não uso mais essa pulseira(tornoseleiras) e nem tantas outras coisas. E na época dessa foto, essa blusa da Karol já era velha. O Sorriso da Lia tem um tom mais assim, vamos dizer . . . metálico. Mas eu sinto tudo sim, tudo da mesma forma. Não com a mesma intensidade. Claro que não. E seria mentiria dizer: eu ainda amo vocês do mesmo jeito. Mentira. Eu amo mais. Muito mais. E sei, e sinto o amor de vocês em mim. São o meu passado. Fizeram parte daquilo tudo que me fez crescer. E quem disse que eu cresci? Não pra vocês. São tudo que eu quero agora. São tudo que eu quero pra sempre. E eu que sempre traduzia tão bem nossa amizade, somos todas numa só, é mais que amor, e tantas outras representações do nosso sentimento. Hoje, acabo de passar 10 minutos imaginando como falar da gente. Sabe o que decidi? Não falar. Porque o que estamos vivendo agora não precisa explicar. A fase dessa que a nossa irmandade ta passando, não se codifica. Não se mede. Apenas se sente. Talvez daqui a alguns anos, a gente volte a falar da gente. Mas agora não. Agora só peço que tu Karol beslique meu almoço, me ouça falar bobagens e morra de rir com vergonha pondo a mão no rosto, toda vermelha, e que tu Lia me chame de otária com aquela cara engraçadíssima, coisa que acabo achando linda, afinal só você diz que eu to feia numa roupa e me deixa feliz por ouvir isso. Vocês, são meu tudo. O tudo do tudo sabe? Poisé. Eu amo vocês.
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