sábado, 6 de março de 2010

sem teorias, me dê a prática.

A teoria que diz que ‘quem se define se limita’ não me parece toda por verdadeira. Quem não se define simplesmente não se conhece. E só. Não há porque temer isto. Porque é assim que eu vejo. Um temor de si. Do que se é. Dizer que não gosto de miojo, não significa que nunca vou comer. Só que não gosto. Somente. E isto pode ser aplicado a tantas outras preferências. E que pensem besteiras os mais sarcásticos. Eu gosto que pensem assim. Alias gosto de tantas coisas diferentes que, de tão anormais se tornam simples demais para serem admiradas. Quando um cara passa a mão no cabelo e olha pra mim. Isso me seduz. Quando meu sobrinho mais novo fecha os olhos e faz biquinho na minha direção. Isso me derrete. Talvez seja esse meu propósito no mundo. Achar beleza na coisas simples. Já ouvi isso tantas vezes. Nunca achei que julgaria isto como uma qualidade minha. Mas sem falsa modéstia. Ou se for pra filosofar: realmente temos um propósito? Alias o que é propósito mesmo? ( longo sorriso de canto) Não sei se há um porque de estarmos aqui. Se há um porque para eu ser eu e não ser a mulher dona da voz que fala no guichê do aeroporto. E obviamente devido aos meus 20 com jeitinho de 17(eterno, assim espero), não sei o porquê de muitas atitudes das pessoas deste mundo. Não que eu conheça outros também. Mas a mania infindável de ter um porque de e para tudo. Isto tira a beleza das coisas. Não a tira por completo. Mas tira alguns décimos. E quantos décimos perdemos? Eu perdi muitos assumo. O porquê de ele ter ligado. O porquê dela não acreditar em mim. Oras ela é minha mãe. Não poderia ser assim. E se tivesse simplesmente aceitado a reclamação e assumido que o porque que tanto esperava era de responsabilidade minha. Foi eu quem o provocou. Talvez seja isto que falta. Tomar para a si a culpa. Claro não somente para coisas ruins. Aquelas batidas foram por minha causa. Aquele sorriso sujo de salgadinho era culpa minha. E aquele. Ah aquele choro. Ainda haverá tantos como aquele. E será culpa minha. Afinal, eu dizendo para parar de reclamar e de tudo e para somente aproveitar o tempo que está comigo, eu sabia que a faria a pensar. E ela pensou. E há coisa melhor que um afago de mãe, seguido de um pedido de desculpas. Não há. Ou se há ainda provei. Será se quero provar? Se houver eu quero, quero provar até que me convença disto. Não, ainda será mamãe a melhor. Mas continue tentando, eu te peço. Nossa já tou falando da gente. Aliás quem disse que existe a gente? Aliás quem é você ein? ‘ Amo alguém, esse alguém num sei quem’ – Li isso quando criança. Nunca esqueci. A hora ta me fazendo criar assuntos. Sendo assim, vou dormir. Ta um dica importante sobre mim. Eu durmo. E muito bem obrigada.

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